RESENHA - Os Homens Que Não Amavam As Mulheres
OS HOMENS QUE NÃO AMAVAM AS MULHERES
MILLENNIUM 1
Depois
de um longo tempo sem postar aqui, reativo o blog com a resenha de
minha mais recente leitura. Um livro que é meu atual vício e já está na
minha lista de favoritos.
***
Vanger. Blomkvist. Salander.
Henrik Vanger traz consigo uma história aparentemente sem solução, e
somente agora tem em mãos uma oferta irrecusável para tentar, pela
última vez, conseguir um alguém para decifrar o mistério em torno do
desaparecimento de sua sobrinha Harriet Vanger;
Mikael Blomkvist é um jornalista econômico e co-proprietário da revista Millennium.
Blomkvist travou uma batalha com Hans-Erik Wenneström, após fazer uma
publicação comprometedora na Millennium sobre o poderoso empresário. Por
conta de seu feito é condenado a três meses de prisão por difamação;
Já Lisbeth Salander é uma hacker genial que trabalha para uma empresa
investigativa, a Milton Security. Salander é uma mulher diferente que
possui, além de sérios problemas sociais, um corpo exageradamente magro
e coberto de piercings e tatuagens. Ela é, de longe, a personagem mais
enigmática do livro. Fechada e indiferente, é uma excluída da sociedade
que, depois de seus sofrimentos, decidiu simplesmente ignorar os demais.
Faz as coisas do modo como acha que devem ser feitas e não dá
satisfações a ninguém.
Três personagens, a princípio sem quaisquer ligações uns com os outros,
e então o início da obra sueca que é sucesso no mundo todo.
Os homens que não amavam as mulheres é o primeiro livro da trilogia Millennium, da autoria de Stieg Larsson.
Larsson foi um influente jornalista e também ativista político. Pouco
depois de entregar, de uma vez, os três livros aos editores, sofreu um
ataque cardíaco que o levou a óbito. Infelizmente, o autor não pôde
prestigiar o sucesso tremendo de seus livros. Hoje, a trilogia atinge
cerca de 44 milhões de exemplares vendidos no mundo; já ganhou três
filmes suecos, e em dezembro deste ano, chega às telas o longa-metragem
hollywoodiano para o primeiro volume, levando assinatura de David Fincher.
O motivo de tanto sucesso está bem claro, tanto na narrativa deliciosa
que conduz a investigação policial – que é o foco deste livro –, como
também nas personalidades originais e incríveis que Larsson nos traz,
como é o caso de Lisbeth Salander.
Nos apresentando diversas questões propícias à discussões, tais como a
violência contra as mulheres na Suécia e também o jornalismo econômico, o
enredo é muitíssimo bem trabalhado, tornando-se ainda mais irresistível
a cada página avançada. Um detalhe: não se deixem enganar pelas
primeiras páginas cheias desse papo jornalístico, quando se chega ao
primeiro ponto forte do livro, será praticamente impossível largá-lo e
não desvendar seus mistérios.
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